14.04.2021 – G1MS – MS: 45% das mortes por doenças que ocorreram em março de 2021 foram por Covid no estado

O número apresentado pelo Portal da Transparência do Registro Civil mostra 1012 óbitos registrados pelo novo coronavírus no mês de março.

Março de 2021, frente aos números, poder ser visto como o pior mês da pandemia em Mato Grosso do Sul. Ao todo foram registrados 2.252 mortes no estado nos 31 dias de março, sendo 1012 por Covid-19, o que representa 45% do total de óbitos por doenças, de acordo com os cartórios de registros civis.

O número de óbitos por Covid-19, que em agosto de 2020, chegou a representar 27,1% das mortes por causas naturais em Mato Grosso do Sul. O dado voltou a crescer em dezembro, representando 32,6% dos óbitos por doenças, oscilando levemente no mês de janeiro (31,9%).

Ao atingir 45% das mortes por doenças em Mato Grosso do Sul, a Covid-19 quase dobra seu impacto em relação ao mês de agosto de 2020, momento crítica da pandemia em 2020.

A associação nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) é que compila os dados, o presidente da Arpen/MS, Marcus Vinícius Machado Roza, disse que os dados “são tristes”, e que a divulgação deles comprovam a transparência no processo.

“São tristes os resultados dos dados registrados pelos Cartórios, em especial no nosso Estado de Mato Grosso do Sul, mas precisam ser divulgados em nome da transparência e responsabilidade. Que estes números possam colaborar junto ao reforço e adoção de medidas de combate ao vírus, visando diminuir a taxa de letalidade desta doença”, disse Roza.

O que esperar daqui para frente?

O epidemiologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Diego Xavier, aponta um cenário ainda mais crítico para o mês de abril em Mato Grosso do Sul. “Se as medidas estão sendo abrandas e não estão levando em conta os indicadores do vírus, tudo aquilo que foi feito será jogado no lixo, vai se perder”.

Xavier frisa que o sistema de Saúde de Mato Grosso do Sul está em colapso, e ter pessoas aguardando por leitos em filas, é um dos principais indicativos. O pesquisador explica que se as filas à espera de leitos continuar, o número de infectados e mortes pela Covid-19 forem crescentes, “abril será muito pior que março”.

Fonte: G1MS

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