Diário do Aço – Mortes por Covid-19 representam percentual elevado na Região Metropolitana do Vale do Aço

Em Minas Gerais, os óbitos por covid no mês passado representam 43% das mortes causadas por doenças

O mês de março foi o pior mês da pandemia em Minas Gerais com um total de 8.004 óbitos registrados por covid-19 em Cartórios de Registro Civil e trouxe também uma triste marca que simboliza o impacto do vírus na história do país. A doença causada pelo novo coronavírus representou 43% do total de óbitos por causas naturais 9mortes por doenças) no estado, totalizadas em 18.955 até esta data. A informação é da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). Nas quatro cidades da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), as perdas para a covid também foram grandes.

Em Ipatinga, das 277 mortes registradas em marco, 53,06% foram por causa do vírus ou decorrente de suas complicações. Em Timóteo foram registradas 120 mortes e 61,66% por covid-19. Coronel Fabriciano teve 102 e 49,01% por causa do coronavírus. Santana do Paraíso registrou 24 mortes no último mês e 37,5% por covid. Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil (transparência.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Arpen-Brasil, cruzados com os dados históricos do estudo de Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

O número de óbitos por Covid-19, que no auge da 1ª onda, em julho de 2020, chegaram a representar 18,46% dos óbitos por causas naturais no Estado, já havia dado sinais de que estava voltando a crescer em dezembro, representando 20% dos óbitos por doenças, mantendo uma curva de crescimento contínuo em janeiro (25,6%) e fevereiro (26,6%). Ao atingir 43,6% das mortes por doenças em Minas Gerais, a Covid-19 quase dobra seu impacto no total dos óbitos naturais em relação a fevereiro passado, até então o mês onde a doença mais tinha causado mortes no Estado.

“Os dados de óbitos feitos pelos Cartórios no mês de março foi o maior já registrado na história, o que sem dúvida nenhuma demonstra o grau de letalidade desta doença, que foi responsável por quase metade dos falecimentos por causas naturais no País, o que só reforça a necessidade de seguirmos com o trabalho de transparência na prestação de informações à sociedade e ao Poder Público, para que possam ser postas em prática as estratégias para sairmos desta crise”, destaca Gustavo Fiscarelli, presidente da Arpen/BR.

Já o Brasil, que teve um total de 75.780 óbitos registrados em março por Covid-19 em Cartórios de Registro Civil até esta segunda-feira (08.04), também foi impactado pela triste marca que simboliza o impacto do vírus na história do País. A doença causada pelo novo coronavírus representou 44% do total de óbitos por causas naturais (mortes por doenças) no País, totalizadas em 171.211 até esta data. 

Mortes x Nascimentos

Outro número impactante da pandemia em Minas se refere à comparação entre o número de nascimentos e os óbitos registrados nos Cartórios de Registro Civil. A diferença entre eles, que sempre esteve em média na casa dos 11 mil – número de crianças que nascem a mais do que a quantidade de óbitos registrados ao mês – caiu drasticamente a “apenas” 3.891 mil nascimentos, chegando a uma redução de 7.651 mil em relação à média histórica, e à menos da metade dos cerca de 10 mil registrados nos meses desde o início da pandemia.

Fonte: Diário do Aço

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