15/06/2022 – “A Anoreg-MT nos ajuda divulgando a importância do leite como um alimento nobre”, destaca produtora

Durante o mês de junho, campanha vai doar mil litros de leite para instituições carentes de MT.

     No mês de junho, em que é celebrado o Dia Mundial do Leite, a Anoreg-MT, junto com a Estância Sol e Lua e Rares-NR, vai distribuir mil litros de leite para associações carentes do Estado. Além disso, a campanha também ressalta a importância da substância como um alimento nobre, segundo Márcia de Souza, produtora de leite na Estância Sol e Lua.

 

 Localizada em um assentamento em Campo Verde, o sítio está em atividade pecuária desde 2010 e atualmente produz até 900 litros de leite por dia. De acordo com a produtora, o leite é um alimento essencial para na casa dos brasileiros, seja em seu formato original ou em derivados.

 

     “O leite é rico, não só em proteínas, mas em minerais. A gente vê muitas crianças fazendo uso do leite na alimentação para que elas possam, através das proteínas e aminoácidos, desenvolver e crescer. Idosos têm um enfoque maior na parte de cálcio. Estão sendo feitos alguns trabalhos onde o leite entra na dieta de pessoas que fazem exercício físico. O leite é um alimento que está presente em várias misturas. Temos o queijo, iogurte, doces, bolos. Vários alimentos têm leite na sua composição. O leite também é utilizado na indústria de cosméticos, de medicamentos”, explica Márcia.

 

     Os cartórios, por meio da campanha de doação de leite, auxiliam na difusão dessas informações para a população. “No mês de junho, que se comemora o Dia Mundial do Leite no 1º de junho, eles fazem uma campanha de divulgação da importância do leite como alimento. Não só nos ajudando a levar o leite às pessoas que realmente precisam, nos ajudam divulgando a importância do leite como um alimento nobre”, completa a pecuarista.

     Além disso, toda a cadeia de produção de leite também é responsável pelo desenvolvimento econômico do estado e das famílias trabalhadoras, sendo também uma oportunidade para mulheres tomarem a frente do negócio.

 

     “Temos observado que o leite permite que esposa e filhos fiquem na propriedade desenvolvendo a atividade e o homem vai exercer outra atividade. Também temos visto que as mulheres têm ocupado lideranças em posições de gestão na pecuária leiteira”, analisa Márcia.

“Outra importância econômica do leite é que a gente gera emprego, não só diretamente na fazenda, como também na indústria onde esse leite vai ser processado. Precisamos de profissionais na área de reprodução, de agronomia para manutenção das pastagens, zootecnistas, veterinários. Trabalhamos com o comércio local, onde a gente consome os insumos, os produtos para criação. Os municípios onde temos uma pecuária desenvolvida têm uma economia local forte”, completa a produtora rural.

 

     Márcia também aponta que a produção de leite em Mato Grosso é suficiente para abastecer o mercado do estado, mas tem capacidade de crescer e ocupar posição de exportador para outros mercados brasileiros.

 

     Leia a entrevista completa:

     Anoreg-MT – Há quanto tempo você trabalha com a produção de leite?

     Márcia de Souza – Somos produtores de leite no município e Campo Verde desde junho de 2010. A nossa propriedade chama Estância Sol e Lua e estamos localizados em um assentamento chamado Paulo Freire. Tem aproximadamente 12 anos que somos produtores de leite.

 

     Anoreg-MT – Em média, quantos litros de leite são produzidos na sua propriedade anualmente?

     Márcia de Souza – Desde quando começamos a produzir, a nossa primeira entrega de leite foi de 18 litros. De 2010 até 2012 a gente entregava leite no resfriador coletivo do assentamento. De 2012 para cá, nós temos nosso próprio resfriador, então a gente produz em torno de 700 a 900 litros por dia. Já chegamos a produzir em torno de 1.800 litros por dia. O que limita nossa produção é a mão de obra, porque não temos uma mão de obra qualificada no mercado para trabalhar com a pecuária de leite. Então, anualmente, já chegamos a produzir 300 mil litros.

 

     Anoreg-MT – Como acontece a produção de leite nas fazendas?

     Márcia de Souza – Aqui em Mato Grosso temos propriedades que trabalham com monta natural, que você tem o touro. Aqui no nosso sítio nós trabalhamos com inseminação artificial e já temos propriedades no Mato Grosso que fazem uso da fecundação in vitro, onde você implanta o embrião nas vacas. No Mato Grosso temos sistemas modernos de produção, sistemas convencionais e no nosso caso o que está no meio termo.

 

     Anoreg-MT – Qual a importância no leite tanto no âmbito econômico quanto social/alimentício?

     Márcia de Souza – Se a gente for levar em consideração o social e econômico, a produção de leite é característica de pequenas propriedades, mais de âmbito familiar. Por ser de agricultura familiar, ela não só gera renda, mas o leite também é uma fonte de alimento para a própria família. Temos observado que o leite permite que esposa e filhos fiquem na propriedade desenvolvendo a atividade e o homem vai exercer outra atividade. Também temos visto que as mulheres têm ocupado lideranças em posições de gestão na pecuária leiteira.

 

     Outra importância econômica do leite é que a gente gera emprego, não só diretamente na fazenda, como também na indústria onde esse leite vai ser processado. Precisamos de profissionais na área de reprodução, de agronomia para manutenção das pastagens, zootecnistas, veterinários. Trabalhamos com o comércio local, onde a gente consome os insumos, os produtos para criação. Os municípios onde temos uma pecuária desenvolvida têm uma economia local forte.

 

     E o leite é rico, não só em proteínas, mas em minerais. A gente vê muitas crianças fazendo uso do leite na alimentação para que elas possam, através das proteínas e aminoácidos, desenvolver e crescer. Idosos têm um enfoque maior na parte de cálcio. Estão sendo feitos alguns trabalhos onde o leite entra na dieta de pessoas que fazem exercício físico. O leite é um alimento que está presente em várias misturas. Temos o queijo, iogurte, doces, bolos. Vários alimentos têm leite na sua composição. O leite também é utilizado na indústria de cosméticos, de medicamentos.

 

     Anoreg-MT – Como surgiu a ideia de promover a campanha de doação de leite?

     Márcia de Souza – A ideia da doação de leite, em parceria com a Anoreg-MT, surgiu a partir de uma ida minha ao cartório de Campo Verde da dona Izilda Alves Fernandes e ela estava coletando leite em pó para ser doado no Hospital do Câncer para a ala infantil. Perguntei para ela se a gente fizesse a doação do leite se poderia converter isso em leite em pó. Acabou que a gente foi conversando e apareceu a oportunidade de fazer a doação do leite fluido para entidades que precisam. A Anoreg-MT faz várias ações sociais, então conhece estabelecimentos que precisam do leite para compor o quadro de alimentos. Dessa visita no cartório, acabou nascendo a parceria.

 

     Anoreg-MT – Existem incentivos à produção leiteira em Mato Grosso?

     Márcia de Souza – O Estado de Mato Grosso, através da Secretaria de Agricultura Familiar, tem incentivado a produção leiteira através da doação de sêmen sexado, sêmen convencional, também de prenhes. Realiza a doação de resfriadores, de calcário para correção de solo para que tenha uma boa produção de silagem ou pastagem. Então tem várias ações do Estado incentivando os produtores a melhorarem os seus índices produtivos.

 

     Anoreg-MT – Além da campanha, de que forma os cartórios auxiliam os produtores de leite em Mato Grosso?

     Márcia de Souza – Além da doação de leite em si, que a Anoreg-MT nos auxilia mostrando quais são os locais de pessoas que precisam do leite, eles também ajudam a divulgar o leite como um alimento. No mês de junho, que se comemora o Dia Mundial do Leite no 1º de junho, eles fazem uma campanha de divulgação da importância do leite como alimento, não só nos ajudando a levar o leite às pessoas que realmente precisam, nos ajudam divulgando a importância do leite como um alimento nobre.

 

     Anoreg-MT – A maior parte do leite produzido é para consumo interno ou destinado à exportação?

     Márcia de Souza – Segundo o Sindilat, o Mato Grosso é autossuficiente na produção de leite. Nós produzimos quantidade de leite suficiente para abastecer o mercado interno. E a gente exporta para outros estados brasileiros o soro de leite, o leite em pó e a muçarela. Apesar da nossa produção por vaca ser baixa, porque o estado tem uma média de 4.1 litros por vaca, os nossos laticínios também trabalham abaixo da sua capacidade de produção. Por mais que sejamos autossuficientes, ainda tem espaço para produzir muito mais leite, tendo em consideração que algumas plantas de laticínio no estado estão trabalhando só com 50% da sua capacidade. Eu enxergo Mato Grosso com grande potencial, porque nós fornecemos para estados que são grandes produtores de leite como Minas Gerais e Goiás. Nós fornecemos milho, soja, caroço de algodão.

 

Fonte: Assessoria de comunicação da Anoreg-MT

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